A antiga – e misteriosa – história do ‘abracadabra’
- André Pacheco
- 3 de mar. de 2024
- 1 min de leitura

Quando você ouve a palavra “abracadabra”, você sabe que algo mágico deveria ter acontecido – talvez uma transformação, ou pelo menos apenas um truque. A palavra em si é peculiar, mas agora é um sinal quase universal do que é supostamente impossível. E embora os especialistas debatam as origens exatas do abracadabra, a palavra é inegavelmente antiga.
Abracadabra aparece pela primeira vez nos escritos de Quintus Serenus Sammonicus há mais de 1.800 anos como um remédio mágico para a febre, um desenvolvimento potencialmente fatal numa época anterior aos antibióticos e um sintoma da malária. Ele foi tutor dos filhos que se tornaram os imperadores ciganos Geta e Caracalla, e sua posição privilegiada em uma rica família nobre acrescentou importância às suas palavras.
Escrevendo no século II DC em um livro chamado Liber Medicinalis (“Livro de Medicina”), Serenus aconselhou fazer um amuleto contendo pergaminho inscrito com a palavra mágica, para ser pendurado no pescoço de um sofredor. Ele prescreveu que a palavra fosse escrita nas linhas subsequentes, mas em um triângulo apontando para baixo com uma letra a menos de cada vez:
ABRACADABRA
ABRACADABR
ABRACADAB
AB
A
A inscrição consistiria então em 11 linhas, escritas até que não restassem mais caracteres na palavra; e da mesma forma, disse Sereno, a febre também desapareceria.
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